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Pampas frágeis
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MEU QUERIDO ALFY

  • Foto do escritor: Marco Alves
    Marco Alves
  • 18 de mar. de 2023
  • 1 min de leitura

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Aquele fiel companheiro tão fofinho e educado…

Tantas alegrias que trouxeste ao nosso lar; correr, alertar, esperar a nossa chegada ao portão.

Ainda hoje, enquanto arrancava ervas, estavas ali ao pé de mim a lamber-me a mão e demonstrar o teu amor por mim. E eu, sem prever o futuro, só te fiz umas ligeiras festinhas para continuar o trabalho…

Acho que nunca tive um cão tão obediente, tão amigo.

Na minha ausência, eras uma importante companhia para a minha mãe. E a alegria que davas à Liz e ao Gabriel... E agora?

As lágrimas que me saem, Alfy, são porque gostava muito de ti.

Desde o momento que partiste que não me sais da cabeça. Vais fazer-nos muita falta!

Quando te peguei ao colo, com o teu corpo ainda quente, senti-me ainda mais enfraquecido. O buraco que te cavei foi das coisas mais dolorosas que tive de fazer, até hoje. E esses largos momentos seguintes, em que acariciei o teu pelo tão suave e te pedi perdão, antes de te soterrar, vão perdurar na minha memória.

Se precisava de estar a escrever este texto e voltar a chorar? Precisava. Pois nunca te poderei retribuir a alegria que nos deste. Quero que sejas sempre lembrado, meu querido Alfy.

Não era a hora, Alfy, não era!

Esta efemeridade da vida vai-nos avisando que o amanhã pode não acontecer.

Até sempre, meu fiel companheiro! Levaste um grande pedaço de mim...

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Marco Alves, 18 de março de 2023

 
 
 

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©2023 Marco Alves

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