CAMINHO
- Marco Alves
- 18 de out. de 2020
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Chamavam-lhe paralelo
Ao solo trilhado diariamente,
E, muitas vezes, desnivelado.
Contudo, ao percorrê-lo,
Tinha em mim presente
Que seguiria para aquele lado.
Cada buraco que ia surgindo
Era motivo e motivação.
Rastejando ou a saltar,
Passaria sempre sorrindo,
Mesmo que pesasse o coração,
Só o queria atravessar.
De pedra cansado,
Alcancei terra arada,
Terra de pó, terra mole,
O meu passado,
Recordação grada
Da minha própria índole.
Hoje, reencontrei!
Agora, reencontrei-me!
Presentemente, sei quem sou!
Já sei quem me tornei.
À terra mole, eis-me!
Agora, sei para onde vou!
Marco Alves, 18 de outubro de 2020
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