Heráldica
A simbologia do brasão da Freguesia de Barreiros compreende os seguintes elementos:
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Um galo, em representação do padroeiro – S. Pedro (refira-se que na proposta inicial aprovada pela Assembleia de Freguesia, o padroeiro era representado por duas chaves cruzadas, no entanto a Comissão de Heráldica não considerou tal símbolo e substituiu-o pelo galo). O galo é evocativo do episódio Bíblico em que Jesus diz a Pedro: – “…antes do galo cantar Me negarás três vezes”.
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Os cachos de uvas são símbolo da cultura predominante na Freguesia;
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O ondeado de azul, simbolizando o rio que a banha, o Cávado.
História
A freguesia de Barreiros situa-se no extremo sul do concelho de Amares, a quatro quilómetros da freguesia-sede, e no seu limite com o concelho de Braga. Antes da fundação da Nacionalidade, a zona em que hoje se insere a freguesia já era habitada. Atravessava-a a Estrada da Geira, via Romana que ligava Braga a Astorga.
Tal como a vizinha freguesia de Lago, o território em que se insere a atual freguesia devia pertencer à Condessa Mumadona, grande proprietária do século X em toda a região de Entre-Douro-e-Minho. A toponímia aponta também para a antiguidade do seu povoamento, através de nomes como Barral ou o próprio nome da freguesia, Barreiros. Aquele de sentido geológico (terra barrenta, como eram as terras nos primórdios da Nacionalidade ou antes ainda); este referindo-se provavelmente a indivíduos que se dedicavam à indústria do barro, ou então aos moradores do bárrio (da zona do barro).
Barreiros era então, antes do século XII, Barrarios. Nas Inquirições de 1220, de D. Afonso II, Barreiros surge incluída no Couto de Rendufe com o nome de Sancto Petro de Trianaa. As paróquias consagradas a S. Pedro são, geralmente, reveladoras de grande antiguidade. O facto de a paróquia de Barreiros ter sido integrada em Rendufe parece estar na origem de uma certa obscuridade em que a história medieval da freguesia permanece até hoje. Por ser tão importante, Rendufe como que «apagou» todas as paróquias e terras que lhe pertenciam.
A primeira Igreja Paroquial de S. Pedro de Barreiros, como decorre do que se disse antes, deve ter sido fundada antes do século XII. Seria então igreja própria da estirpe dos fundadores e dotadores do mosteiro. Aliás, terá sido através de uma doação que a paróquia passou para o Mosteiro de Rendufe, que ainda no século XVIII aqui apresentava o cura.
Na primeira metade do século XIX, com a extinção dos mosteiros e das ordens religiosas, Barreiros transitou para a jurisdição administrativa do concelho de Entre Homem e Cávado, futuramente denominado Amares.
Com uma área de 304 hectares, a freguesia de Barreiros tem atualmente 760 habitantes (dados de 2011), distribuídos por 238 famílias clássicas residentes e por um total de 340 edifícios.