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Amares

Heráldica

BRASÃO

Escudo de púrpura, globo crucífero de ouro, realçado de vermelho e escudete tipo francês, de prata, com cruz pátea (templária) de vermelho, as peças alinhadas em pala. Coroa mural de prata de três torres.

Listel branco, com a legenda a negro: “FREGUESIA DE AMARES”.

 

SIMBOLOGIA
ESCUDO DE PÚRPURA – Simboliza a caridade e a dignidade religiosa.

GLOBO CRUCÍFERO – Representa o Divino Salvador, padroeiro da freguesia.

ESCUDETE - A cruz dos Templários é alusiva a D. Gualdim Pais.

BANDEIRA BRANCA - Simboliza a Paz, silêncio, humildade e defesa das crianças.

 

HISTÓRIA

Amares está inserida numa região anterior à fundação da nacionalidade, denominada Entre Homem e Cávado. Território habitado pelo Homem na idade do bronze, conforme testemunham as escavações realizadas no “castro da Santinha”, no monte sobranceiro à vila. O topónimo Amares já era conhecido dos romanos e na era da reconquista cristã, as terras de Entre Homem e Cávado foram baluarte da defesa e reconquista aos mouros.

A antiguidade da povoação de Amares é confirmada por vários testemunhos, desde os muitos castros da localidade, passando pelos importantes vestígios da romanização encontrados ao longo do percurso da Geira romana ligando Braga a Astorga, até à referência ao topónimo no Livro de Mumadona, de 953, no cartulário da Colegiada de Guimarães. Desse documento se pode inferir que estas terras devem ter servido de refúgio aos cristãos, após as invasões árabes do século VII. Por essa altura, a "villa" de Amares e a sua igreja de S. Salvador, eram de possessão particular, doando os seus possessores, uma terça íntegra da "villa" ao Mosteiro da Condessa Mumadona de Guimarães. Segundo as Inquirições de 1220, D. Afonso II doou uma terça reguenga da "villa" de Amares a Martim Gonçalves, ficando o resto da "villa" às suas ordens. Porém, já nas Inquirições de 1258, o couto de Amares estava na posse da Ordem do Hospital sendo provavelmente uma doação de Martim Gonçalves. As Inquirições de 1290 revelam que Amares passou dos hospitalários para a posse dos senhores de Vasconcelos com autorização de D. Dinis, não se conhecendo, a partir dessa altura, mais doações.

Recebeu foral do Rei D. Manuel I em 8 de Abril de 1514.

O padroeiro da freguesia é S. Salvador – De Sancto Salvatore de Amares (Inquirições de 1220).

 

 

 

 

 

CRUZEIRO (PINHEIRO MANSO)

Datado de 1693, está localizado na Rua José Alves Leite,

anteriormente denominado Lugar do Pinheiro Manso.

Foi, durante anos, local de passagem obrigatória das

majestosas procissões, em especial, a procissão do Corpo de Deus.

 

ANTIGOS PAÇOS DO CONCELHO/BIBLIOTECA

Aproveitando o velho edifício dos Paços do Concelho,

no coração da freguesia de Amares, e tendo como

patrono Francisco Sá de Miranda, introdutor do soneto

em Portugal, a Biblioteca Municipal foi aqui

estabelecida, sendo uma mais-valia, contribuindo para a

formação e para a cultura de todos.

 

IGREJA MATRIZ

Situada no centro histórico de Amares, o templo católico

dedicado a São Salvador teve a sua edificação no ano de

1705, sob a designação de Capela do Bom Pastor, a mando

da Irmandade da Nossa Senhora do Socorro.

O tempo fez com que a inscrição, no cimo da porta principal,

quase desaparecesse.

Na parte lateral direita há outra inscrição gravada em pedra

com o texto de que a capela-mor foi mandada fazer pelo

então abade Marcos de Sousa Coelho. Em 1936, o templo

religioso veio a sofrer obras de ampliação e de restauro,

tornando-se assim em Igreja Matriz.

De planta retangular, é formada por nave e capela-mor

tendo adossada a esta uma torre sineira à direita.

A fachada principal em empena triangular está delimitada

por cunhais de pilastras.

Possui o portal em moldura reta sobrepujado de um entablamento e finalizado por um frontão triangular curvo interrompido, no qual se sobrepõe um nicho com a imagem do orago a rematar em frontão triangular curvo. A ladear o nicho, dois janelões retangulares com moldura em arco abatido iluminam a nave do templo.

A torre sineira, posicionada um pouco mais recuada, de planta quadrada, é formada por quarto sinos e uma cobertura bolbosa.

Na parte lateral nascente, é formada pela abertura de três janelas em verga reta e uma porta, também em verga reta, que dá acesso à nave. Há acesso à capela-mor por uma janela e uma porta.

No lado contrário e adossada ao templo, está a sacristia, na qual a entrada se faz pela porta da torre sineira.

 

 

D. GUALDIM PAIS

Filho de Paio Ramires e de Gontro de Soares, nasceu pensa-se que em

Amares, em 1118.
Foi criado no mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e ficou muito cedo

ao serviço do futuro Rei, D. Afonso Henriques, combatendo ao lado dos

seus irmãos de armas, os cavaleiros Mem Ramires e Martim Moniz,

em todas as batalhas contra os Mouros para conquistar o reino.

Torna-se ilustre durante a tomada de Santarém, em 1147, e durante a de

Lisboa, em 1149, antes de embarcar para a Palestina, onde militou

durante cinco anos como Cavaleiro da Ordem dos Templários tendo

participado no Cerco de Gaza, em 1153.

A sua imponência e o seu porte de guerreiro e de chefe realçam ainda

mais o prestígio que lhe conferem as suas extraordinárias qualidades

de combatente e de organizador. A sua estadia no Oriente

permitiu-lhe aperfeiçoar a sua já comprovada experiência militar e,

quando regressa da sua Cruzada, conhece já a missão que o espera.

Em 1157, é nomeado o quarto Grão-Mestre da Ordem do Templo em

Portugal, na época, sediada em Braga.

Em 1160, Gualdim Pais financia a construção do Convento de Cristo e

do Castelo de Tomar, que passa a ser o Quartel-General dos Templários

em Portugal. É aí que se estabelece em 1162. Participou também na

iniciativa de construção dos Castelos de Almourol, de Idanha, de Ceras, de Castelo Branco, de Monsanto e de Pombal. Instala-se em Pombal, em 1174.

Em 1190, Tomar foi cercada pelos Almorávidas sob o comando do Rei de Marrocos, Yusuf I, mas Gualdim Pais conseguiu defender o Castelo contra forças bastante superiores, impedindo assim a invasão do norte do Reino por essa região.

Morreu em Tomar durante o ano de 1195. Repousa na Igreja de Santa Maria do Olival, em Tomar, onde uma estela mural cobre um nicho que contém as cinzas do cavaleiro.

Encontra-se no Largo com o mesmo nome o monumento do herói; a rodear a base 24 escudos talhados na pedra, com o nome de cada uma das freguesias em campo aberto; gravada a seguinte legenda: “A D. Gualdim Pais a terra de Amares”.

 

 

PELOURINHO

Pelourinho de Amares: a construção atual, no Largo Dom Gualdim

Pais, é recente e uma réplica do antigo pelourinho (construído

provavelmente no séc. XVI e classificado Monumento Nacional), do

qual já só existe um fragmento, que não se encontra em exposição

pública. 

 

Considerado monumento nacional desde 16 de outubro de 1910,

o Pelourinho de Amares é simples mas elegante, compunha-se de

uma coluna cilíndrica, sem base, sobre plinto hexagonal, em dois

degraus circulares; remata-o coruchéu piramidal, liso, a terminar

por catavento fantasioso, de ferro, ventarola de chapa aberta. Granito,

século XVII.

O primeiro foral conhecido de Amares foi outorgado por D. Manuel,

datando já de 1514. O pelourinho sobre o qual recai a classificação

era, presumivelmente, mais tardio, de acordo com o esboço dele feito

no início do século XX, uma vez que é desconhecido o paradeiro da

quase totalidade do monumento. 

O pelourinho foi erguido no século XVII no Largo D. Gualdim Pais,

diante dos antigos Paços do Concelho. Note-se que ainda se

conserva um fragmento do pelourinho, o plinto hexagonal que constituía a sua base, hoje integrado num murete de suporte das escadas do edifício da Câmara Municipal.

 

 

 

 

 

 

ESCOLA/AUDITÓRIO CONDE DE FERREIRA

Inaugurada a 24 de março de 1866, a casa escolar de Amares, legado

do conde de Ferreira, esteve ao serviço da instrução durante 150 anos.

A antiga escola primária Conde de Ferreira foi uma das primeiras escolas

do concelho de Amares, estando agora transformada num auditório de

140 lugares e duas salas de apoio.

CAPELA DA SENHORA DA PAZ

A capela de Nª Sr.ª da Paz está situada no denominado monte da

Santinha, sobranceiro à vila de Amares, com excelente vista sobre o

vale do Cávado.

Ocupado desde tempos remotos, foi visto pelos habitantes do vale

como um local de culto e fé conforme descrição inserta nas

Memórias Paroquiais de 1758: “chamado Crastos de Amares que no

alto delle se acha hum pillar quadrado de doze palmos e pedra

tosca levantado sobre huma penha, a cujo sitio chamam os

moradores desta freguezia de Santunha. E havendo pessoas que

passam de noventa annos não se acordam nem ainda de ouvida

de que servisse o tal pillar. E porque no alto delle se acha por forma

que mostra tem em si alguma couza engastada persuado-me que

nelle estaria alguma imagem ou braço de cruz”.

No início do século XX começou a ser construída uma capela que

esteve vários anos inacabada e ao abandono. Porém, nos finais da

década de cinquenta verificou-se uma grande vontade coletiva de

terminar a obra e, os homens e mulheres de Amares, liderados pelo

Dr. Aristides Marques Vilela, deitaram mãos à obra e inauguraram a

capela no segundo domingo de julho de 1960.

 

 

POVOADO DA SANTINHA

Denominado também como a «castro da Santinha

ou monte de castros», ergue-se a 195 metros acima

do nível médio das águas do mar, e caracteriza-se

por ser uma zona abundante em granito. Localiza-se

na plataforma supe­rior e vertente sul dum bem visível

outeiro frente à vila de Amares.

A plataforma superior é aplanada e defendida a leste

e oeste por aflora­mentos. Extremamente desfigurado

por uma pedreira que cortou as vertentes oeste e sul

que, com exploração de pedra, terraplanagens

fre­quentes na plataforma superior e alargamento

de caminhos afetaram profundamente a estação

arqueológica.

Foi uma zona habitacional durante os finais da Idade

do Bronze, no século X a.C., que se verificou a primeira

ocupação efetiva do Monte da Santinha e, mais tarde, em plena época Romana.

Daqui advêm importantes achados arqueológicos, entre eles: cerâmicas, bronzes e vários objetos que testemunham a habitabilidade de outrora, justificada pela visibilidade que permite, pelo Vale do Cávado. Nas imediações deste local existiam bosques, compostos por árvores da floresta climática e ribeirinha (Amieiro, Amieiro-negro, Buxo, Freixo, Pinheiro Bravo, Sabugueiro e Salgueiro) e campos agrícolas (de trigo, milho miúdo, favas e Brássica). Nas diversas fossas abertas na necrópole, aquando das escavações de 1993 e 1994, surgiram um grande número de sementes de cereais, crucíferas e leguminosas, a profusão de vasos cerâmicos de fabrico grosseiro, de grande e média dimensão, e os fragmentos de grandes moinhos manuais, que permitiram admitir que esta zona teria funcionado como área de armazenagem e transformação de produtos agrícolas. Foram ainda encontrados outro tipo de estruturas e de artefactos, nomeadamente pavimentos, um número reduzido de fossas, uma sepultura, espólio cerâmico, louça fina e triângulos preenchidos com incisões ou impressões, denunciando uma ocupação calcolítica no IV milénio ou inícios do III a.C. Embora este espólio tenha sido encontrado algo descontextualizado/a sua posição no terreno faz supor que ocuparia a zona mais elevada da colina, onde abundam afloramentos graníticos que proporcionariam abrigos naturais.

O conjunto de resultados obtidos nas escavações efetuadas, apesar de pouco exuberantes, tornam este povoado de grande importância para o estudo do povoamento dos finais da Idade do Bronze, na medida em que testemunham uma modalidade de ocupação do território até à data desconhecida - a ocupação de cabeços de baixa altitude conectados com grandes bacias fluviais.

Após esta fase o povoado foi abandonado durante muitos séculos. Durante a romanização poderá ter existido uma ocupação fruste, de que se detetaram materiais descontextualizados.

O espólio destas escavações encontra-se no Museu D. Diogo de Sousa, em Bra­ga.

 

EVENTOS:

 

 

 

 

Feira Franca de Amares

segundo domingo de maio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carnaval de Amares

Laranjeiro

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Nascer do sol sobre o campo de trigo

Vídeo - Amares

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